Como o berço faz total diferença no sucesso de algumas pessoas, eu digo isso porque as pessoas que vem de famílias de classe alta, onde há profissionais com um networking bastante amplo, continuam a linhagem e se destacam no mercado com mais facilidade, o que não acontece muitas vezes com pessoas de famílias mais humildes.
Muitos jovens, já nasceram com um roteiro desenhado pelos pais, e o mínimo que eles fizeram foi seguir os passos do script, que já estava pronto, e consequentemente se tornaram mais competitivos, como: “O que eu devo fazer agora papai, ir morar na França e fazer faculdade por lá, ou então continuar no Brasil e estudar na mais-cara-ou-melhor-faculdade e ficar perto dos meus amigos brasileiros ?” Detalhe, já estava tudo pago, mesmo antes de nascerem…
Muitos jovens, já nasceram com um roteiro desenhado pelos pais, e o mínimo que eles fizeram foi seguir os passos do script, que já estava pronto, e consequentemente se tornaram mais competitivos, como: “O que eu devo fazer agora papai, ir morar na França e fazer faculdade por lá, ou então continuar no Brasil e estudar na mais-cara-ou-melhor-faculdade e ficar perto dos meus amigos brasileiros ?” Detalhe, já estava tudo pago, mesmo antes de nascerem…
Infelizmente o mercado de trabalho não é nenhuma obra social ou instuição de caridade, e quer sim os melhores profissionais. Porém, um indivíduo que teve tudo nas mãos, prontinho, antes mesmo de ser gerado, não pode ser comparado a um pobre de família humilde do interior, que se esforçou para conseguir uma vaga em uma universidade pública, ou uma bolsa de estudos por desempenho em uma instituição privada. E na maioria das vezes, precisam trabalhar durante todo o período do curso, para ter condições de se manter e/ou ajudar a família finaceiramente.
Nesse caso, com certeza as barreiras foram bem maiores, e o estudante teve muito mais garra para ir além, e sair do círculo onde vivia, já que nas comunidades mais simples, a grande maioria não possui curso superior, porque o acesso à educação é bem mais complicado, pois é necessário trabalhar desde jovem para ajudar com as despesas da casa. Outro fator é a mentalidade não competitiva, já que pessoas mais simples, muitas vezes não conseguem enxergar a necessidade de estudar para ter um futuro mais digno ou de se preparar para o mercado de trabalho, e dessa forma acabam desestimulando seus filhos.
O que há de diferente nessas famílias, é que, mesmo com toda a ignorância, e talvez a falta de ambição, são indivíduos com valores reforçados, pautados pelo amor, carinho, honestidade, honra, dignidade e princípios éticos. Através da simplicidade e também valores religiosos, consegue-se notar a bondade e a generosidade como características relevantes. O que muitas vezes não acontece com as famílias mais abastadas. Não quero generalizar, mas tentem entender a sociedade, e verão que isso faz muito sentido, uma vez que os menores níveis de inadimplência do consumidor estão nas classes C,D e E.
Nada pode substituir uma criação rodeada de afeto, integridade e valores sólidos em uma sociedade que está cada dia mais capitalista e selvagem se preocupando mais com o dinheiro do que qualquer outra coisa. O que acontece com maior frequência nas classes altas, onde a riqueza significa mais do que a própria atenção dada aos filhos, é a inversão de valores, pois acaba sendo mais importante oferecer ao filho um curso na Alemanha do que o amor, que é insubstituível.
As línguas e os cursos no exterior, ainda podemos aprender e fazê-los, mas os valores e princípios ensinados pelos nossos pais durante a nossa formação não tem preço. E não há como voltar atrás, isso formou o nosso caráter como pessoas e temos muito mais a oferecer, já que é um bem único que não se pode pagar.
Tenho uma observação a fazer e gostaria de contribuir neste texto bem escrito. Venho de família humilde e que sonhava que seus filhos se formassem. Realmente, nos formamos, mas faltou algo muito importante que é orientação profissional, coaching. Espero poder passar informações atualizadas para as minhas filhas neste mercado que é muito competitivo e poder sobreviver nestas intempéries.
ResponderExcluirOlá Antony ! É um grande prazer vê-lo por aqui, e saber que você também é uma pessoa que se idendtifica com essa realidade que o artigo demonstra. Obrigado pelo comentário, isso contribui muito para o blog.
ResponderExcluirE como você ressaltou, realmente a orientação profissional faz total diferença, infelizmente no nosso caso tivemos que fazer a boa e velha tentativa e erro, se não gostássemos da carreira... teríamos que iniciar novamente a faculdade, e isso custaria mais tempo e dinheiro.
Nessa nova geração, tudo ficará muito mais competito e as intempéries tendem a se potencializar, que bom que suas filhas contarão com a sua ajuda e orientação nesses casos. Tenho certeza que será mais fácil para elas escolher uma carreira que gostem do que como foi conosco.
Continue nos visitando e participando!
Um Abraço,
Rodrigo.