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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Empresários de Sucesso - Max Gehringer

Começamos hoje uma série que mostrará grandes nomes do mundo empresarial, exemplo de profissionais e líderes. Pessoas que enfrentaram grandes desafios e passaram por diversos obstáculos até alcançar o sucesso. E hoje essas pessoas servem de exemplo para todos nós, e temos muito que aprender com elas.

Esse é o objetivo desses posts, mostrar histórias de superação e sucesso. Esperamos que a vida desses grandes homens inspirem vocês a nunca desistirem de lutar por seus objetivos.

Decidimos começar essa série com Max Gehringer. Se você ainda não conhece a trajetória desse grande profissional, não perca a oportunidade. Temos certeza que irá gostar.

Max Gehringer

Nascido em Jundiaí em 1949, ele começou a trabalhar aos 12 anos como office-boy da fábrica Cica, em sua cidade natal, e evoluiu até a direção de grandes empresas. Passou pelo comando de Pepsi, Elma Chips e Pullman, foi diretor de sistemas da PepsiCo Foods nos Estados Unidos e apareceu em uma lista dos 30 executivos mais cobiçados do país em uma pesquisa feita pela Gazeta Mercantil em janeiro de 1999.

Em 1999, quando dirigia a Pullman, ele decidiu abrir mão da condição de alto executivo e dedicar seu tempo a escrever e fazer palestras pelo Brasil. Essa mudança radical foi o marco inicial de uma carreira que o consolidou como uma das referências de formação profissional no país.

Como colunista de revistas, Gehringer passou por Você S.A., Exame e VIP, todas na Editora Abril. Atualmente, tem seus textos publicados na Época e na Época Negócios, ambas da Editora Globo. Além disso, produz uma coluna diária na Rádio CBN.


Gehringer ainda publicou sete livros nos últimos anos: “Comédia corporativa”, “Não aborde seu chefe no banheiro”, “Relações desumanas no trabalho”, “Big Max: vocabulário corporativo”, “As máximas e as mínimas de comédia corporativa”, “Arregace as mangas: liberte seu espírito empreendedor” e “O melhor de Mah Gehringer na CBN – coluna Vida Executiva”.

O ponto comum entre todos os trabalhos de Gehringer é o olhar para o mundo corporativo. De uma forma densa e minuciosa, ele sempre se dedicou a entender o cenário empresarial e transmitir ensinamentos sobre a obtenção de sucesso nessa área.

Entrevista dada ao Studio DPI

Você já era bastante conhecido por dirigir grandes grupos empresariais. Por que decidiu mudar de vida e se dedicar a dar palestras?
A vida corporativa é finita, embora muitos executivos se recusem a aceitar essa realidade. Por isso, eu decidi parar por conta própria, antes que uma empresa insinuasse que minha hora de parar estava chegando. Como sempre gostei de escrever, achei que essa seria uma profissão para sempre, e me preparei para ela, lendo e escrevendo muito antes de ter meu primeiro livro publicado. Quando achei que estava pronto, me desliguei do mundo corporativo, aos 48 anos. Meus amigos disseram que eu tinha perdido o juízo, mas o tempo vem provando que essa foi uma das decisões mais sensatas que tomei na vida.

Qual é a reclamação mais comum das pessoas que estão em busca de uma carreira de sucesso?
Depende da idade. No caso dos jovens, é a dificuldade para conseguir um primeiro emprego decente numa boa empresa. No caso dos adultos, é a sensação de que estão fazendo a mesma coisa há muito tempo e que a carreira empacou.

Existe alguma “fórmula secreta” para ter sucesso ou se sentir realizado no trabalho?
Sim. é a de não se colocar um objetivo alto demais. Quando alguém que está começando a carreira decide que um dia será presidente de empresa, todas as promoções intermediárias parecerão um passo a mais. O segredo do sucesso profissional é comemorar cada vitória como se fosse a última, com muita alegria. E aí partir para o objetivo seguinte.

Quais as qualidades mais admiradas em um profissional hoje em dia e o que pode impulsionar uma carreira?
São quatro fatores, não necessariamente qualidades: resultados práticos de curto prazo, atualização constante, bom marketing pessoal e excelente networking. “Talento” não entra nessa lista. Uma pessoa pode ser talentosa, mas não conseguirá deslanchar na carreira se não atinar para esses quatro fatores.

Em sua opinião, quais foram as mudanças mais importantes no ambiente corporativo nos últimos anos? E o que ainda esta por vir?
A que mais vai influir no futuro é a que começou na metade da década de 1990. A terceirização e a prestação de serviço autônomo, que transforma o antigo empregado de carteira assinada em uma empresa de uma pessoa só. O emprego formal vai diminuir cada vez mais no século XXI, e os novos profissionais precisam estar preparados para essa mudança.

Em muitas empresas, as mulheres são maioria dentro dos escritórios. Como você avalia o papel da mulher no mundo dos negócios?
Nos escritórios da primeira empresa em que trabalhei, já havia mais mulheres do que homens. A grande diferença é que, na época, as mulheres não pensavam em uma carreira e por isso não ocupavam cargos de gerência e direção. Essa mudança começou a ocorrer a partir da década de 1980. Para mim, do ponto de vista profissional, a mulher leva uma vantagem em relação do homem. Ela é mais intuitiva, e por isso consegue tomar decisões dispondo de menos dados. Como essa é uma das habilidades que o mercado de trabalho passou a exigir dos gestores, a mulher encontrou seu espaço e soube ocupá-lo.

A Responsabilidade Social Corporativa é um modismo ou é algo que veio para ficar?
É uma tendência que irá se acentuar nos próximos anos. Muitas empresas já abrem, em seus sites, uma página para relatar como estão ajudando a comunidade e o meio ambiente. Na medida em que a população for ficando mais consciente de sua própria responsabilidade e passar a comprar produtos e serviços de empresas socialmente responsáveis, a visão social da empresa será tão importante quanto o marketing. Daqui a 10 ou 15 anos, a Responsabilidade Social nas empresas será uma regra, e não uma exceção.

Você possui outro projeto no momento? Está escrevendo alguma coisa?
Estou sempre escrevendo alguma coisa. Tenho vários projetos de livros engatilhados com a Editora Globo. Nos próximos 10 anos, pretendo lançar um livro por ano. Em 2008, por exemplo, foi lançado o “Clássicos do Mundo Corporativo” e o “Emprego de A a Z”, com os textos apresentados no Fantástico.

Antes de encerrar, quais seus conselhos para os jovens executivos que sonham com uma carreira de sucesso? E para quem deseja ter seu próprio negócio?
Para os que ambicionam construir uma carreira, o networking é vital. Desde os tempos de escola é preciso ir montando uma rede de contatos profissionais, porque, atualmente, 70% das boas vagas são preenchidas por indicação direta. Para os futuros empreendedores, é essencial fazer o Curso de Empreendedor no Sebrae. Ele ensina como montar um plano de negócios e como elaborar um planejamento financeiro, entre outras coisas. Eu também recomendo que pessoas que estejam empregadas façam esse curso, porque nunca se sabe o dia de amanhã. E ter um Plano B para a vida profissional é uma medida sábia.

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